Homenagem ao Brasil


A Amazônia, um mar de florestas num oceano de água doce, como bem notou Avé-Lallemant em seu livro Rio Amazonas, já em 1859, não é uma região homogênea como pode parecer do alto, durante o sobrevôo. A região é um caos de ilhas, um mosaico fluido de pequenos igarapés, rios colossais, pequenos lagos que brincam de esconde-esconde, lagos maiores que resistem ao desaparecimento na seca, águas de todas as cores, árvores de todos tamanhos, peixes de todas as formas, e um mundo sem fim oculto aos nossos olhos. Parece monótona a região para os menos atentos, mas não: ela é dinâmica - não apresenta nenhum dia igual ao outro. O sobe e desce das águas, o silêncio ensurdecedor que em algumas áreas recria sons esquecidos, o cair das árvores, o pôr-do-sol, o vento, a friagem, a chuva, a ilha que se move, as migrações dos homens e dos bichos, o abraço-da-morte, o peixe que "anda" de um lago para outro, o peixe que morre afogado!, o tubarão que confunde o tipo de água, mas não sua imensidão, criam, a cada dia, um desenho novo para esse Eldorado que urge conhecer e está a demandar todo o cuidado da ciência.

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